Apresentei nesta terça-feira um Projeto de Lei que prevê a
adaptação de banheiros públicos para pacientes ostomizados, pessoas de utilizam
um dispositivo, geralmente uma bolsa, que coleta o conteúdo a ser eliminado pelo
corpo após passarem por ostomia, uma cirurgia para contornar problemas de
digestão e do sistema excretor do corpo humano.
Pelo projeto, os banheiros públicos adaptados deverão ser
adotados em shopping centers, terminais rodoviários, escolas, cinemas, teatros,
postos de saúde, hospitais, grandes centros comerciais, espaços poliesportivos
e órgãos públicos.
A adaptação consiste na instalação de equipamentos adequados
para a prática higiênica. O ostomizado necessita em geral de um vaso sanitário
normal ou infantil com anteparo seco instalado na altura do abdômen (80 centímetros
do chão). Essa é uma altura média que facilita o descarte do conteúdo da bolsa
coletora de fezes e urina.
Também faz parte da adaptação a instalação de ducha
higiênica para lavagem da bolsa e lavatório para as mãos próximo ao vaso
sanitário. Outro quesito importante é a afixação de espelho para inspeção das
condições gerais do estoma.
Recebi nos últimos dias diversos relatos sobre as
dificuldades para a pessoa ostomizada utilizar o banheiro e a série de constrangimentos
em relação aos odores que a impossibilidade de troca de bolsa ocasiona. Um constrangimento que é uma violência por
falta de equipamento adequados para o
sanitário. Por isso, resolvi agir!
Nossa proposta tem o objetivo de atender a uma das principais
dificuldades da população ostomizada. É um público que passa por
constrangimento simplesmente por falta de adaptações que são possíveis de
executar nos banheiros públicos. Dessa forma, vamos permitir melhor qualidade
de vida para esta população.
Por falta de banheiros adaptados muitas pessoas ostomizadas
deixam de sair de casa e se submetem ao isolamento, agravando o quadro de
recuperação e os problemas de saúde, o que pode levar à depressão.
A ostomia é um recurso utilizado geralmente em casos de
câncer no reto, intestino grosso ou na bexiga, intervenções cirúrgicas no
cólon, intestino delgado e uretra ou em casos de acidente com perfuração no abdômen.
Em Mato Grosso do Sul a Associação dos Ostomizados (AOMS) atende
a mais de mil pacientes com suporte psicológico e emocional para quem ainda precisa
de orientação para conviver com ostomia.
Vamos trabalhando para garantir esse direito e a dignidade
da pessoa ostomizada.
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