sexta-feira, 11 de março de 2016

Autoridades debatem ações para coibir violência contra crianças em MS


Audiência Pública, realizada na manhã desta sexta feira (11), no Plenário Julio Maia da Assembleia Legislativa, para discutir a violência contra Criança em Mato Grosso do Sul, foi marcada pela emoção e revolta do público presente após exibição de um vídeo com cenas chocantes em que se submetem crianças a maus tratos. Como proponente desse debate, destaco a importância da sessão para o assunto e exponho a minha indignação perante as barbáries que tem acometido crianças e adolescentes. Com o tema Intolerância já! Violência Contra as Crianças Não – Uma Questão Social, a audiência pública contou com autoridades das mais diversas áreas .

Representando a Câmara de Vereadores do Município de Campo Grande, a vereadora Magali Picarelli(PSDB) que preside a Comissão de Cidadania de Direitos Humanos da Casa, disse em seu pronunciamento que a omissão da sociedade com os casos de violência contra crianças e adolescentes, é apontado como um dos principais problemas para o desenvolvimento de políticas públicas na área. Segundo a parlamentar é importante mobilizar os diferentes setores em especial a imprensa e iniciar uma campanha, porque é necessário haver a denúncia.
"A Campanha é importante porque chama atenção da sociedade para o tema e reivindica a implantação de políticas públicas tanto para a proteção da criança e do adolescente como para o enfrentamento da violência física e sexual . A omissão da sociedade em relação a isso é um problema, pois o poder público precisa ter os dados para combater a causa desta violência com mais eficácia” , enfatizou

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB/MS, representado por Joatan Loureiro, reforçou as palavras da vereadora Magali , afirmando sobre a importância de denúncia em casos de abuso infantil. Segundo ele é preciso uma maior conscientização para que os mecanismos de proteção às crianças e adolescentes sejam eficazes . Ele explica ser necessário que a sociedade se levante e faça algo. "Quem não denuncia, colabora com esse mal”, frisou. O representante da OAB mencionou o olhar atento da família para combater a violência física e sexual de menores. " O artigo 70 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) menciona que é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação de direitos da criança e do adolescente, mencionou ele." A Comissão tem atuado no encaminhamento de denúncias para os órgãos competentes", finalizou.


Na oportunidade, o perito criminal federal da Polícia Federal (PF), Pedro Monteiro da Silva Eleutério, apresentou estudo de caso real de abuso contra uma criança e de que forma o caso foi investigado pela equipe de informática da polícia. Também detalhou a Operação Carrossel, deflagrada em dezembro de 2007 e que envolveu 14 estados e o Distrito Federal em ações de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e à divulgação de pornografia na internet. Segundo Eleutério, a PF está cada vez mais empenhada no monitoramento das redes e computadores, mas a família precisa estar atenta. “É preciso tomar muito cuidado com que tipo de conteúdo você e sua família compartilham nas redes de contatos, porque hoje somente ter uma foto de uma criança que remeta à pedofilia, por exemplo, já é crime”, disse. O perito desenvolveu a ferramenta forense NuDetective, utilizada para encontrar rapidamente arquivos de pornografia infanto-juvenil nos locais de crimes.

Autor do livro Gestão Estratégica em Segurança Pública, o policial federal e especialista em Segurança Pública, André Salineiro, elencou o que considera como principais entraves na luta contra a violência. “Não temos políticas preventivas, falta uma estrutura policial eficaz e precisamos de mudanças urgentes no ordenamento jurídico”, explicou, reiterando que ainda hoje é complexa a tipificação dos crimes e a punição dos agressores de crianças e adolescentes. Salineiro também é conselheiro comunitário de prevenção ao uso de drogas. Já o policial rodoviário federal Rafael Charão, explicou como funciona o trabalho de mapeamento de áreas, às margens das rodovias, onde crianças e adolescentes estão mais vulneráveis em todo o Brasil. Segundo ele, havia 124 áreas críticas em Mato Grosso do Sul entre os anos 2013 e 2014. “Esse número caiu para 47 entre os anos 2015 e 2016, o que demonstra a eficácia das medidas que foram adotadas, como as constantes rondas preventivas”, ressaltou. Charão também é membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.


Sugestões -

Em discurso, a Promotoria de Justiça, através dos promotores Luiz Antonio Freitas de Almeida e Celso Botelho de Carvalho , representando o Ministério Público do Estado , informaram ser necessário uma ação conjunta das polícias e ministérios públicos para que todos trabalhem em harmonia. Conforme informações, em 84% das denúncias de violência contra infanto-juvenis é sobre estupro de vulnerável.

A Superintendência da Policia Federal também estava presente na audiência. O delegado federal Antônio Carlos Moriel Sanches contou que há vários crimes praticados na internet relacionados à violência contra a criança, mas que é preciso mudar a legislação. “A Polícia Federal acompanha conversas e dá para prever que um crime vai acontecer, mas o trabalho fica limitado, pois as leis não permitem prender somente com as com as provas dos atos preparatórios”.

Com um trabalho de cunho preventivo, o Conselho Tutelar manifestou-se informando não dar conta da demanda em razão da falta de estrutura. Para o Conselho é necessário ainda ter uma delegacia 24 horas para denunciar crimes contra crianças e adolescentes. " Precisamos do apoio, principalmente, no sentido de denunciar situações suspeitas".


Para encerrar, enfatizo que a partir desta audiência, um documento será elaborado com as sugestões dadas pelos participantes e será enviado a todas as autoridades constituídas. " Nossa intenção é promover momentos de reflexão e mobilização da sociedade. Queremos o engajamento de todos nesta causa para que se proponha medidas que devem ser tomadas para que esse crime seja combatido e punido. Vamos trabalhar
em parceria para que as sugestões mencionada durante a audiência sejam transformadas em propostas de ação"

segunda-feira, 7 de março de 2016

Audiência pública para discutir violência contra


Me sentido preocupado com a demanda crescente de casos de violência contra a criança, convoquei para o dia 11/3 ( sexta-feira), as 9 horas no Plenário Júlio Maia da Casa, uma audiência pública para debater junto aos órgãos federais, estaduais e municipais competentes o tema: “INTOLERÂNCIA JÁ! VIOLÊNCIA CONTRA AS CRIANÇAS NÃO. UMA QUESTÃO SOCIAL”. O intuito é motivar a sociedade a enfrentar as situações de violência contra crianças e adolescentes e denunciar esses atos, bem como, buscar junto as autoridades soluções para essa problemática.

O fato é que os casos de maus tratos e violência contra a criança e o adolescente estão preocupando a população do Estado, principalmente as autoridades. Muitas vezes, essas agressões terminam em morte. Exemplo recente é o caso que chocou a imprensa e sociedade envolvendo o menino de quatro anos torturado pelos tios e um primo, por nove meses em ritual de magia negra.

“Essa é uma situação drástica, terrível e exige medidas urgentes. É fundamental debater medidas de prevenção a todas as formas de violência contra criança e adolescente, para promoção de uma cultura de paz. Com esse debate público, estaremos abrindo as portas para um diálogo amplo junto com a comunidade e segmentos representativos da sociedade na tentativa imediata de traçar caminhos que evitem esse mau que aflige todas as classes sociais em Mato Grosso do Sul”.

O ato contará com a participação de representantes do Ministério Público, da Promotoria da Infância e Juventude,Secretárias municipais e estaduais de Assistência, membros da Comissão da Cidadania e Direitos Humanos da OAB e Comissão Nacional de Direitos Humanos da PRF no enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescente, entre outras autoridades.

sexta-feira, 4 de março de 2016

De volta ao "ninho tucano" após 18 anos




Enfim, estamos de volta ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foram quase 18 anos de espera para que essa decisão fosse consolidada e ingressássemos novamente ao “ninho dos tucanos” de Mato Grosso do Sul. O ato de filiação ocorreu em reunião ordinária na tarde desta quinta-feira (3), no Grand Park Hotek , com a presença do Governador Reinaldo Azambuja (PSDB), além de várias lideranças e amigos de outras siglas.

P/ mim e Magali a decisão de mudar de partido foi bem pensada, uma vez que, que nossa saída é atribuída principalmente ao fato de sentir que nossa missão dentro do PMDB foram cumpridas. Em discurso, destacamos que o reingresso às fileiras do PSDB significa ir em busca de novas propostas e projeto que o partido já vem apresentando, para Mato Grosso do Sul, hoje sob a grande liderança de Reinaldo Azambuja.

Saímos do Partido com o sentido da missão cumprida e que deixamos muitos amigos por lá. O PMDB não tem o que reclamar de nós, pois foram 8 anos de fidelidade, onde eu e Magali sempre procuramos atender a todas as determinações do partido, ocupando ou deixando cargos públicos.


Quer aqui concluir, dizendo que estou mto motivado em participar de um grande projeto político por MS e pelo Brasil. “Eu já fui tucano e não sou de ficar vendo as coisas acontecerem, sou um homem de batalha e de lealdade. Por isso voltamos ao partido com a certeza de que vamos fazer dessa nação um grande exemplo. Contem conosco”.