terça-feira, 22 de junho de 2010

Campo Grande é 8ª em ranking do bullying

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística) realizada nas capitais brasileiras e mostra que Campo Grande ocupa a oitava posição no ranking com mais vítimas de bullying - intimidação de alunos, através de xingamentos ostensivos e colocação de apelidos, além de força física, com 31,4%.

À frente de Campo Grande estão Brasília (35,6%), Belo Horizonte (35,3%), Curitiba (35,2%), Vitória (33,3%), Porto Alegre (32,6%), João Pessoa (32,2%) e São Paulo (31,6%). A população alvo da pesquisa foi formada por estudantes do nono ano do ensino médio fundamental de escolas públicas e privadas. O cadastro de seleção da amostra foi constituído por 6.780 escolas.

Sou autor da lei 3.887, de 6 de maio de 2010, que dispõe sobre o programa de inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar no projeto pedagógico elaborado pelas instituições de ensino, o percentual é alto. A proposta visa amenizar esse cenário de violência velada no âmbito escolar.

O bullying tem tomado proporções gritantes, já que nas escolas públicas, a prevenção é dirigida aos professores, vistos como multiplicadores do saber. Em alguns casos, muitos chegam a ser humilhados em plena sala de aula.

Pela lei promulgada, o programa consiste na capacitação de docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação, solução e inclusão de regras contra o bullying no regimento interno das escolas públicas e privadas sul-mato-grossenses.

Apesar de não haver números oficiais, a prática de atazanar colegas – muitas vezes confundida por pais e educadores com uma simples brincadeira – já envolve 45% dos estudantes brasileiros, segundo estimativa do Cemeobes (Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar), organização com sede em Brasília (DF). O índice está acima da média mundial, que variaria entre 6% e 40%.

Essas atitudes podem descambar para a hostilidade sistemática e conduzir alguns alunos ao isolamento dentro da turma e à exclusão de atividades recreativas. Há casos em que a agressão física, em geral por alguém mais forte, passa a ser frequente.

Pesquisa - Durante a pesquisa, foi feita a seguinte pergunta aos estudantes: “Nos últimos 30 dias, com que frequência algum dos seus colegas de escola te esculacharam, zoaram, mangaram, intimidaram ou caçoaram tanto que você ficou magoado, incomodado ou aborrecido?”.

Os resultados mostraram que 69,2% dos estudantes disseram não ter sofrido bullying. O percentual dos foram vítimas deste tipo de violência, raramente ou às vezes, foi de 25,4% e a proporção dos que disseram ter sofrido a prática na maior parte da vezes ou sempre foi de 5,4%.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ferrosul é realidade

O Exército brasileiro poderá reforçar as tropas de mão-de-obra para a construção da Ferrosul (Ferrovia da Integração do Sul), a bilionária ferrovia de bitola mista planejada para ligar os estados que integram o Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul): Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Com a minha ajuda, o projeto saiu do papel. Em novembro do ano passado, entreguei aos governadores do Codesul uma carta de intenções em defesa da implantação da Ferrosul.

Ainda de acordo com a carta, a expansão dos trilhos da Ferroeste ligaria Guarapuava a Paranaguá, Cascavel a Maracaju, Cascavel a Foz do Iguaçu e Cantuquiriguaçu a Chapecó. Isso significa a expansão ferroviária para o Rio Grande do Sul até o Porto de Rio Grande no processo de integração do sistema ferroviário.

A Ferrosul terá como base física a linha existente da Ferroeste e os novos trechos em projeto da empresa ligando os quatro estados. Do ponto de vista jurídico, a nova empresa será resultado da incorporação desses estados.

A Ferroeste, que deverá servir de base ao projeto, está elaborando um plano de trabalho com o Exército para fazer módulos de 50 quilômetros, o que permitirá construir vários ramais simultaneamente.

Como ocorreu com a linha da Ferroeste, os militares seriam gestores da construção das linhas da Ferrosul, a fim de concluir as obras até 2013. Com previsão de somar 2,59 mil quilômetros, a empreitada deverá demandar investimentos entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões.

O sonho está se tornando realidade. Viajaremos de trem por belas regiões até o litoral.

Homenagens em alusão à Semana da Cultura Japonesa

Nesta quinta-feira (17), entreguei medalhas de honra ao Mérito Legislativo ao empresário Elisberto Taíra e ao fundador da Afecetur (Associação da Feira Central e Turística), Edson Seitsi Arakaki. As homenagens alusivas à Semana da Cultura Japonesa no estado e ocorreram no Plenário da Assembleia Legislativa, quando os outros deputados da Casa também entregarão honrarias.

A instituição da Semana da Cultura Japonesa no estado aconteceu através da lei 3.882, de 20 de abril deste ano. Contudo, através de projeto de resolução apresentada à Assembleia Legislativa, ficou definida a data de 17 de junho para a realização de sessão solene para a entrega de honrarias a personalidades japonesas que se destacam em Mato Grosso do Sul.

O advogado Edson Seitsi Arakaki é casado com Elizabeth Rosa Leiria Arakaki e tem duas filhas: Letícia e Luana. Em 1997 ele fundou a Afecetur, contribuindo assim de forma ativa na transferência dos feirantes para o local onde hoje funciona a Feira Central, próximo à Explanada da Ferroviária.

O empresário Elisberto Taíra, 53 anos, é casado com Célia Tamasiro Taíra e pai de Maira e Marcel. Ele começou a trabalhar em 1974 na Auto Peças Rocket, depois foi diretor esportivo da AECNB (Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira) e em 1994 iniciou suas atividades na Feira Central da Capital com a Barraca do Taíra. Em 99 assumiu a presidência da Afecetur e no ano retrasado foi homenageado pelo Centenário da Imigração Japonesa no Brasil pela Câmara de Campo Grande.

Os descendentes de japoneses tem uma história muito bonita na construção de Campo Grande e trouxeram muitos benefícios ao estado, de uma maneira geral. Sua cultura é visível nas ruas e até na comida, afinal, quem nunca experimentou um sobá?

quinta-feira, 10 de junho de 2010

UTI Móvel para São Gabriel do Oeste

Nesta quinta-feira, entreguei uma UTI Móvel ao prefeito de São Gabriel do Oeste, Sérgio Marcon (PSDB). O benefício foi concedido através de emenda parlamentar no valor de R$ 100 mil.

Os recursos para a destinação da emenda foram conseguidos por meio do FIS (Fundo de Investimentos Sociais) e da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social). Ao todo, destinei R$ 700 mil a várias cidades, incluindo Campo Grande.

Costumo investir o dinheiro que recebo via emendas, com mais intensidade, em saúde. Priorizo esta área porque é muito defasada e necessita de investimentos.

Sérgio Marcon afirmou que a ambulância de UTI Móvel vai ficar em frente ao Hospital Municipal. O novo veículo substituirá a UTI antiga que está no local.

Morte em escola e Lei da Cipave

Na manhã desta quarta-feira (9), o adolescente Alexsander Lima dos Santos, 17 anos, morreu após ter sido esfaqueado em frente à Escola Estadual José Alves Quito, localizada no centro de Corguinho (88 km de Campo Grande). Ele foi morto por um adolescente da mesma idade, que alegou ter praticado o crime porque era ameaçado pela vítima.

Em março deste ano, o adolescente Nailton Elber Martins, 17, foi morto com um tiro no peito, quando jogava futebol na quadra da Escola Municipal Plínio Barbosa Martins, no Jardim Macaúbas, região do Los Angeles, em Campo Grande. O autor do homicídio é um adolescente, apreendido junto com outro que o ajudou a esconder a arma.

Os dois crimes refletem a falta de segurança que existe nas escolas de Mato Grosso do Sul. Contudo, o cenário pode ser diferente, pois no estado, a lei 3.364, de 22 de fevereiro de 2007, pode ajudar a amenizar essa situação de calamidade.

A lei que cria o Programa Permanente de Prevenção de Acidentes e Violência nas Escolas da Rede Estadual de Ensino, através da instalação das Cipaves (comissões que previnem esses tipos de ações) é de minha autoria.

Pela lei, em cada colégio estadual de Mato Grosso do Sul devem ser implantadas essas comissões para garantir o monitoramento e livrar os alunos de situações de riscos a que são submetidos. As Cipaves podem ser integradas por representantes dos alunos, pais, professores, diretores e funcionários.

Com as comissões implantadas, as escolas tem recursos suficientes para desenvolver medidas que acabem com o problema da violência no contexto escolar. A promoção de palestras à comunidade e recomendações de medidas de proteção são algumas das ferramentas de auxílio que as Cipaves podem ajudar a difundir nas escolas.

Pela lei, num período de seis meses, as escolas devem preparar um relatório estatístico dos casos de acidentes e violência. O número de representantes e o funcionamento de cada comissão serão definidos pelo órgão competente, designado pelo governo.

Levantamento recente feito pelo MPE (Ministério Público Estadual) constatou que brigas de gangues e o consumo de drogas são responsáveis por mais da metade dos homicídios e tentativas de assassinatos nas regiões mais violentas de Campo Grande. Essas ações de violência, mesmo que indiretamente, acabam chegando às escolas.

A lei pretende amenizar esse cenário caótico, propiciando um canal de comunicação entre alunos, direção, professores e pais, para que todos juntos, somem esforços no sentido de transformar esta triste realidade.