quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

PMs em postos de saúde

Definitivamente, sou contra PMs (Policiais Militares) fazendo segurança em postos de saúde da Capital. Polícia tem que prender bandido e fazer o seu papel que é manter a segurança da população.

Acredito que uma possibilidade para evitar transtornos ou até tumultos nesses locais seria o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) disponibilizar parte dos cerca de 750 guardas municipais existentes na cidade para fazer a segurança.

Algumas pessoas entraram em contato comigo e taxaram minha declaração, mas a gente convive com tanta criminalidade na nossa cidade e muitas pessoas, às vezes, reclamam da falta de policiamento. Então, esse tipo de serviço em postos de saúde pode ser perfeitamente executado por guardas municipais.

Ontem, o prefeito Nelsinho e o secretário estadual Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, se reuniram para discutir o assunto. Porém o secretário informou que não há estrutura policial suficiente para atender os postos de saúde.

O pedido de reforço policial de Nelsinho a Jacini foi feito com base numa invasão de pacientes à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, ocorrido no último dia 21. É que devido à demora no atendimento, vários pacientes decidiram invadir as salas ocupadas pelos médicos.

Sou jornalista há 38 anos, mas neste ano completo 50 anos de profissão como radialista. Em todo esse tempo eu sempre procurei fazer o melhor de mim. Se eu erro, sou corajoso o suficiente para admitir o erro e pedir perdão; prefiro fazer isso a me esconder debaixo do tapete.

Eu tenho direito de falar a verdade, falar o que penso. Falo com responsabilidade e isso, às vezes, acaba magoando ou agredindo alguém.

Os guardas municipais estão aí, à disposição da prefeitura para garantir proteção ao patrimônio da cidade. A utilização de PMs nesses lugares, realmente, seria desnecessária.

* Foto: Campo Grande News

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Índice de Responsabilidade Social de MS


A lei 3.744, de 25 de setembro do ano passado, de minha autoria, determina que o IRSMS (Índice de Responsabilidade Social de Mato Grosso do Sul) agora seja feito pela Semac (Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia).

Eu também sou autor da lei 2.293, de 28 de setembro de 2001, que instituiu o índice no estado. Até o ano passado os dados eram fornecidos pelos municípios para os indicadores de resultados.

A elaboração de indicadores, dentro de Mato Grosso do Sul, permite o monitoramento e avaliações das ações públicas de forma mais eficiente e eficaz para a tomada de decisões, públicas e privadas e solução de problemas.

A proposta foi muito bem aceita pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Assembleia Legislativa, que aprovou o projeto por unanimidade quando este foi apresentado.

De acordo com lei, a Semac poderá requisitar às concessionárias de serviços públicos estaduais, às agências estaduais reguladoras de serviços públicos, às fundações públicas e às autarquias outros dados necessários à composição do IRSMS.

O objetivo do índice é se tornar um indicador capaz de atender as necessidades de monitoramento e avaliação de políticas públicas sociais, bem como aperfeiçoar a alocação de recursos para o desenvolvimento de atividades mais complexas, delegando sua elaboração à equipe já constituída no âmbito do estado e com competência profissional e multidisciplinar, sem incorrer a custos extras.

O IRSMS, por exemplo, pode acelerar a reforma agrária, que se encontra um tanto quanto emperrada no estado. A lei serve como instrumento para que o governo federal tenha uma radiografia sobre a questão.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estreia na Record

No próximo dia 18 de janeiro eu estreio meu programa "Picarelli com Você", na TVMS, canal 11, afiliada da TV Record no Mato Grosso do Sul. O canal é transmitido a 48 municípios no estado.

O programa terá o mesmo perfil dos programas apresentados por mim na TV Campo Grande (SBT) e na TV Guanandi (Band). Serão exibidas matérias policiais e o público poderá participar de quadros de solidariedade, “Alô Picarelli”, dentre outros.

Picarelli com Você será exibido de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h30.

Quem quiser entrar em contato com a produção para sugerir pautas poderá ligar para (67) 3341-9571 e também enviar e-mail para picarellicomvoce@terra.com.br.

Cartas também poderão ser enviadas à rua Itajaí, 433, bairro Antonio Vendas, Cep: 79041-900.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Embrapa é contra INPP

José Aníbal Comastri Filho, chefe geral da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária) Pantanal, de Corumbá, considera a decisão política da criação do INPP (Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal), no campus da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), em Cuiabá, polêmica, controvertida e arriscada. Fora isso, verbas podem deixar de ser enviadas a Mato Grosso do Sul caso isso aconteça.

Ele me encaminhou ofício, recentemente, explicando que a possível implantação do projeto pelo MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) desarticulará todas as ações de integração realizadas até o momento através do CPP (Centro de Pesquisa do Pantanal), que é um colegiado de universidades regionais que atuam em pesquisas pantaneiras, articulado em 2002.

O órgão já desenvolve um trabalho há muito tempo e quebrou dois dos maiores paradigmas referentes à pesquisa no Pantanal: o isolamento das instituições e a agilidade de administração de recursos para pesquisas. Pelo CPP foram implantadas redes capazes de unir as instituições da região em torno de temas prioritários, além de influenciar políticas públicas de forma mais eficiente.

Na geopolítica nacional, de acordo com José Aníbal, esta iniciativa não soou bem entre os parceiros das redes coordenadas pelo CPP e MCT. Assim, existe o risco de haver uma desagregação dessas redes, amadurecidas há mais de três anos de funcionamento, inclusive com elogios do próprio ministério.

A Embrapa entende que ao invés de se criar mais uma entidade com recursos públicos, deveria ocorrer um esforço no sentido de fortalecer as parcerias e as instituições parceiras. Universidades como a UFMS, UFMT, UEMS, Uniderp, entre outras, já trabalham com pesquisas relacionadas ao Pantanal e com a criação de uma nova instituição, pode acontecer um desprezo por parte das competências estabelecidas até então, e que já vinham se desenvolvendo com eficiência.

Um outro agravante mostrado pela Embrapa é que não faz sentido denominar a criação do INPP como um órgão nacional, uma vez que a entidade atuará em questões regionais (o Pantanal tem apenas 140 mil km², enquanto a Amazônia tem mais de 2 milhões de km²).

Os problemas do Pantanal são complexos e requerem a colaboração de todas as instituições de ensino e pesquisa da região. Assim, a possível implantação do INPP, segundo a Embrapa, é potencialmente desagregadora, podendo fomentar a competição e o desmantelamento das redes já estabelecidas e amadurecidas, o que significaria uma perda irreparável para o Pantanal.

Em outubro do ano passado, em parceria com os senadores Delcídio do Amaral (PT) e Valter Pereira (PMDB), entrei em contato com o MCT para solicitar a instalação do INPP em Mato Grosso do Sul, já que o estado detém mais de 65% do Pantanal.

O ministro Sergio Machado Rezende entrou em contato comigo e informou que a parceria com a UFMT existe desde 2004. Uma alteração na proposta de instalação seria comprometedora neste momento, pois já está incluída no Plano Plurianual 2008-2011, disse ele.

Grande abraço a todos e não percam a estreia do meu programa na Record, no dia 18 de janeiro.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

INPP

Em outubro do ano passado, entrei em contato com o MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), para solicitar a instalação do INPP (Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal) em Mato Grosso do Sul.

O ministro Sérgio Machado Rezende alega não ser adequado, no momento, promover alteração na proposta de instalação do INPP, já incluída no Plano Plurianual 2008-2011, mas que o MCT poderá instalar futuramente núcleos executores do instituto em outras localidades, além do campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), como inicialmente previsto.

Segundo Rezende, o MCT decidiu implantar o instituto na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), em Cuiabá, em decorrência de uma parceria mantida desde 2004 com o CPP (Centro de Pesquisa do Pantanal). Este centro gerencia pesquisas em rede nas áreas estratégicas para o bioma Pantanal, integrando instituições e pesquisadores de MS e MT.

Por esse motivo, uma alteração na proposta de instalação do INPP, no momento, seria comprometedora, afirmou o ministro. O órgão será instalado definitivamente no campus da UFMT.

Como mais de 65% do Pantanal pertencem a Mato Grosso do Sul, acredito que o instituto devesse ser instalado no estado. O INPP deveria estar localizado em uma cidade realmente pantaneira e desvinculada das instituições já existentes.

Diversos pesquisadores e ambientalistas, insatisfeitos com essa possível escolha do MCT, me procuraram pedindo apoio para a instalação no estado. Alguns disseram que a forma como esse processo foi pensado só atende aos interesses de um grupo de pesquisadores da UFMT.

Na UFMT já existe o Instituto Nacional de Áreas Úmidas, aprovado em 2008, com aporte de R$ 9 milhões já previstos. Dois institutos ligados ao mesmo segmento de pesquisas é algo que se torna muito incoerente.

Independente da resposta do ministro, continuarei dedicando especial empenho na defesa dos interesses do estado e de outros assuntos.

Um grande abraço a todos.