domingo, 14 de agosto de 2011

Bullying não é brincadeira!!


A violência está cada vez maior, seja em qualquer lugar, a começar dentro de casa, nas escolas, ruas. Dar atenção a esse problema é essencial, ainda mais quando se trata de bullying que tem tomado proporções gritantes. Em MS o cenário é tão preocupante quanto outros estados brasileiros.

É pontual num momento em que a sociedade assiste a continuidade dos casos de Bullying nas escolas e pouco faz para frear a situação.

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística) realizada nas capitais brasileiras identificou que Campo Grande –MS ocupa a oitava posição no ranking com mais vítimas de bullying - intimidação de alunos, através de xingamentos ostensivos e colocação de apelidos, além de força física, com 31,4%.

À frente de Campo Grande estão Brasília (35,6%), Belo Horizonte (35,3%), Curitiba (35,2%), Vitória (33,3%), Porto Alegre (32,6%), João Pessoa (32,2%) e São Paulo (31,6%). A população alvo da pesquisa foi formada por estudantes do nono ano do ensino médio fundamental de escolas públicas e privadas. O cadastro de seleção da amostra foi constituído por 6.780 escolas.

Mediante aos dados, me pergunto e pergunto a vcs? Que mundo perverso é este? Será que só agora a perseguição contra alunos em escolas se tornou evidente e reconhecida? Será que só agora perceberam a solidão de crianças marginalizadas pelos colegas? Será que só agora é reconhecido o direito de cada um ser respeitado, bem como o de igualmente respeitar o outro?

Na verdade, estes comportamentos agressivos sempre existiram, mas o que mudou foi a intensidade de sua freqüência e de seu teor agressivo, reflexo de um mundo individualista, cada vez mais bélico e carente de humanidade. Como sempre falo a família esta em perigo... a falta de amor ao próximo está em falta.

Infelizmente, agora se tornou rotina ler em sites, jornais impressos e também acompanhar nos telejornais, reportagens relacionadas a casos de violência no interior dos estabelecimentos de ensino.

Nesta ultima semana (12/08), no programa “PIcarellli Com Você”, apresentando por mim na Tv Record MS , noticiei de forma indignada mais casos de violência de bullying na Capital . As vítimas são crianças que não consegue se defender e acaba ficando com suas vidas marcadas para sempre. Os problemas psicológicos são profundos, ficam cicatrizes!

E, esse é apenas um dos problemas.!

Já os agressores se tornarão adultos violentos e sem limites, já que não receberam os tratamentos devidos, as instruções necessárias. Em sua maioria costumam dizer que é apenas uma brincadeira..... Desculpa típica de quem comete estes atos.

O fato é que as pessoas que têm este comportamento mascaram seus próprios temores internos, tentam driblar o que as amedronta, amedrontando alguém e ferindo o outro, por medo de serem feridos primeiro. Tais pessoas são intimamente infelizes e tentam lançar nos demais a sua infelicidade. Por outro lado, pouco ou nada sentem de responsabilidade por seus atos e, freqüentemente, desejam exercer um controle sobre outra pessoa, com o objetivo de sempre sair ganhando.

Na realidade, tais pessoas precisam tanto de ajuda quanto as suas vítimas, sob perigo de que venham a se tornar marginais e infratores da lei, adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.

O melhor antídoto para lidar com o “bullying” e não se tornar um alvo fácil é gostar de si mesmo, é acreditar em si próprio, é ter uma elevada auto-imagem que abarque a aceitação de suas características próprias, aceitando-as como prova de sua individualidade no mundo, e, principalmente, não cultivar o papel de vítima perante os demais.

É importante que relate os fatos para outras pessoas como amigos e adultos que fazem parte de seu convívio, como seus pais, professores, orientadores, terapeutas, pois é realmente difícil interromper esse processo sozinho.

Determinadas atitudes são fundamentais nesta hora, como ter coragem e não passar uma imagem de medo, pois, na realidade, este é o grande prêmio de quem coage em um “bullying.

A única maneira de se combater o “bullying” é através da cooperação de todos os envolvidos: professores, funcionários, alunos e pais, enfim a sociedade, este na qual faço parte.

Nesse sentido, é essencial colocarmos em prática algumas leis que combatem este tipo de ação. Eu e Magali, por exemplo, autores de várias leis de combate a violência, vamos continuar a percorrer as escolas de MS, para alertar as crianças e os professores presentes quanto à diferença entre uma brincadeira de amigos e a agressão conhecida como bullying, além de reforçar a importância de políticas contra às práticas de violência no ambiente escolar.

Desde já, destaco estas leis que devem ser levadas a sério. A lei estadual 3. 887 de maio de 2010, que proposta por mim, cria o Programa de Inclusão de medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying escolar . Sem falar ainda, da lei 3.364, de 22 de fevereiro de 2007, que estabelece a criação do Programa Permanente de Prevenção de Acidentes e Violência nas Escolas da Rede Estadual de Ensino, através da instalação das comissões internas de prevenção para monitorar as condições e situações de risco a que os alunos são submetidos. A comissão também pode propor a adoção de medidas que acabem com o problema no contexto escolar. A Cipave precisa ser composta por representantes dos alunos, pais, professores, diretores e funcionários.

Elaborei o projeto, hoje transformado em lei, para realmente garantir a diminuição da violência nas escolas. Esta lei é essencial a qualquer escola da Capital, pois visa desenvolver ações educativas para que essa prática seja estagnada. São ações simples, que, seguidas à risca podem reduzir esse quadro de violência.

É assim, intensificando nosso trabalho num tom de alerta, que vamos conscientizar a nossa sociedade sobre violência. Tenho conhecimento de que muitos alunos vítimas desse tipo de violência têm abandonado suas escolas, motivados pelo medo, vergonha. Isso é triste, pois a educação acaba sendo prejudicada. Ferramentas já existem, espero que o cenário mude.

A base fundamental do ensino do filho de Deus é o amor;
O amor é algo que todos nós podemos plantar e posteriormente cultivar com conhecimento.

"Amar o próximo na sua definição mais simples é não lhe fazer coisas que nós não gostamos que sejam feitas conosco, e só fazermos o que concordarmos com que também sejam feitas conosco. O que nós não gostamos de receber, o nosso semelhante também não deve gostar. Se respeitar-mos essa regra, nos torna­remos cooperadores um do outro ao invés de destruidores, um do outro, como tem acontecido tão freqüentemente na nossa sociedade. Precisamos entender melhor o que é amor fraternal para colhermos boa convivência pessoal, familiar e social". (Renasce Brasil)

Bullying
Minha.... Sua....Nossa.... Responsabilidade!

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