Hoje (21/08) defendi na Assembleia Legislativa a busca de
soluções para as famílias que receberam notificação para a desocupação de uma área
no Jardim Centro-Oeste ao lado de conjunto habitacional construído pela Homex,
empresa que faliu e abandonou a construção de 3 mil casas em Campo Grande. As moradias
em construção foram demolidas na semana passada por algumas estarem fora de
condições estruturais de segurança, porém, mil pessoas ocupavam as casas.
Cerca de 350 moradores fizeram protesto na Assembleia
Legislativa para ficar no terreno onde estão há dois anos e que as moradias não
sejam destruídas até uma solução ser dada. A principal alternativa é que haja
desapropriação do terreno e a construção de moradias pelo programa Minha Casa,
Minha Vida.
Conversei com o prefeito Marquinhos Trad. Ele disse que uma solução
será encontrada antes da destruição das casas improvisadas construídas pelas
famílias no terreno ao lado da área da Homex. Se destruírem a moradia dessas
pessoas o problema vai ficar ainda maior.
É preciso entender que as pessoas estão sendo prejudicadas
em vários sentidos. E, com a desocupação, elas estão perdendo o único pedaço de
chão que restou para a família. É uma causa humana que o prefeito, o governador
e a Assembleia são solidárias e a Prefeitura está negociando a situação.
A notificação para desocupar a área foi entregue no dia 10
de agosto, quando a Justiça concedeu liminar de reintegração para a massa falida
da Homex.
Defendo uma ação enérgica contra a empresa Homex porque ela
conseguiu a área que foi cedida pela Prefeitura, não pagou pelo terreno, tem um
contrato com o município e o sistema financeiro e sumiu sem dar respostas. E o
prejuízo ficou com a população que não pode ficar sem casa por conta de uma
empresa caloteira que foi embora e agora quer fazer o que com a terra? Vender
ou negociar com quem?
Nosso trabalho é para evitar a demolição das casas na região.
A demolição é um ato cruel contra quem colocou o seu último dinheiro para
comprar um tijolo e um pouco de cimento para ter onde abrigar a família. É um
dinheiro tirado da comida e do sustento. A moradia não pode ser colocada abaixo
de uma hora para outra. Tenho certeza que a Justiça será feita. Temos que
pensar nos idosos, nas crianças e em todos que estão trabalhando para ter
moradia digna, além daqueles que atualmente estão desempregados.
O Governo do Estado e a Prefeitura anunciaram que buscam um
acordo com a Homex.
Vamos acompanhando e trabalhando para amenizar o momento
difícil que passam essas famílias de Campo Grande.
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