quarta-feira, 9 de maio de 2018

Profissionalização para atuação nos casos de abusos sexuais

Relatos sobre violação de direitos de crianças e adolescentes são registrados todos os dias pelo Disque 100. Mato Grosso do Sul está em primeiro lugar no ranking de estupros de crianças e adolescentes em todo o País. Dados da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) apontam que mais 70% dos casos aconteceram em ambiente familiar. Uma realidade preocupante que vem chamando atenção da sociedade para tal barbárie.

Infelizmente os dados são alarmantes e exigem atenção de cada um de nós,e por essa razão que não posso me deixar calar. Buscamos despertar a população sobre este tema. Não é primeira , nem a segunda vez que venho trazer a esta Casa de leis, o debate sobre violência e abusos e violência contra a criança.

Hoje na sessão ordinária da Assembleia Legislativa fiz o uso da tribuna e logo destaquei que o problema demanda muito mais que a importância de Campanhas apenas divulgadas, mas a conscientização e participação efetiva da sociedade em especial dos profissionais da Educação, Saúde, Segurança Pública e Judiciário, porque o que ocorre e o que vimos, é que mesmo com impactantes propagandas de conscientização e legislações, nada parece está surtindo o efeito almejado. Os casos de abuso sexual infantil têm aumentado!

O que é mais grave: mais de 70% dos abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes continuam acontecendo dentro da casa da própria vítima. Pior: mais de 50% dos casos denunciados têm como autor do abuso o pai do adolescente ou seu padrasto, e até mesmo aqueles pessoa que se diz amigo. Isso é simplesmente terrível! Em alguns casos, a vítima pode, mais tarde, reproduzir o dano sofrido e tornar-se um abusador! Por essa razão
Fico imaginando, assim, o caminho que estamos seguindo em sociedade. Os dados são alarmantes e exigem atenção de cada um de nós. Que sejamos capazes de identificar o mal e estender as mãos a quem mais necessita. Que crianças e jovens cresçam no caminho do bem e não venham a sofrer qualquer forma de abuso.

Daí a importância da preparação durante a conduta dos profissionais perante a vítima da violência. Tem que existir uma dinâmica para reconhecer comportamentos característicos das vítimas de abuso. Compete aos mesmos a função de fazer um diagnóstico especializado, bem como nos casos de suspeita ou confirmação do crime.

Encerro dizendo que é importante que a sociedade participe , abrace a causa. A sociedade em geral deve ter engajamento contra esse problema, e que se tenha mais vontade política para que possamos executar medidas eficazes que protejam todas as crianças e adolescentes.
"Não basta ter leis; elas têm de ser colocadas em prática"!

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