quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reunião na SES para discutir projeto a hospitais filantrópicos

Na segunda-feira (10), eu e representantes da Febesul (Federação das Instituições Filantrópicas Beneficentes do Estado de Mato Grosso do Sul) nos reunimos na SES (Secretaria de Estado de Saúde) para discutir com a secretária Beatriz Dobashi o projeto de lei que autoriza o governo a conceder auxílio financeiro aos hospitais filantrópicos e santas casas do estado.

A secretária explicou que para dar um pontapé inicial no sentido de tornar real a proposta e até mesmo se reunir com o governador André Puccinelli (PMDB) para tratar do assunto é necessário que a Febesul encaminhe a ela um relatório de despesas fixas desses estabelecimentos. Ela explicou que com os números em mãos, fica mais fácil elaborar um projeto nesse sentido.

Pelo projeto, o governo deverá destinar um auxílio financeiro mensal aos hospitais para o pagamento de despesas decorrentes de energia elétrica, água tratada e utilização do serviço público de coleta de esgoto, mediante convênios a serem firmados através da Setas (Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social).

Através do projeto eu quero conscientizar o governo sobre a necessidade de conceder o auxílio financeiro, tendo em vista o importante papel social e humano que os hospitais filantrópicos e santas casas desempenham no estado, frente às dificuldades financeiras nos desempenhos de suas atividades.

Na reunião, o presidente da Febesul, Eliezer Soares Branquinho, frisou que atualmente 61% das internações nesses hospitais são provenientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Ele ainda ressalta que de cada R$ 100 gastos com pacientes, o SUS cobre apenas R$ 60.

Beatriz Dobashi disse que desde o ano passado a SES tem trabalhado em planilhas de custos de alguns hospitais, principalmente a Santa Casa de Campo Grande. A folha de médicos é um dos itens principais, segundo ela.

A prioridade do governo, no entanto, é garantir a reestruturação de hospitais em pólos micro-regionais, a princípio. Uma alternativa citada pela secretária seria o governo arcar com pelo menos parte da energia, por exemplo.

Para a secretária, antes de trilhar um caminho certo é necessário saber qual o custo de um projeto como este. Por isso a secretaria precisa de levantamento de tudo.

Segundo a Febesul, no estado de Goiás já existe um projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a incluir no Orçamento o custeio dessas despesas. Caso o projeto se transforme em lei, o benefício seria revertido no primeiro momento à aquisição de medicamentos, materiais, reforma dos prédios etc.

Em Mato Grosso do Sul, conforme o presidente da Febesul, existem 25 instituições filantrópicas ligadas à entidade.

Agora, aguardo o envio dos relatórios pela Febesul para entregá-los à secretária.

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