sábado, 23 de junho de 2018

VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES : ATÉ QUANDO?



Para onde vai uma sociedade que trata professores com violência? Uma pesquisa global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) colocam o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas. O levantamento é o mais importante do tipo e considera o período desde 2013. Uma nova rodada está em elaboração e os resultados devem ser divulgados apenas em 2019. Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana. Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%.

Na última quinta feira ( 21) Mato Grosso do Sul foi palco de mais um episódio triste de violência contra professores. Um aluno atingiu com uma cadeira a cabeça da professora após a docente intervir em uma confusão envolvendo alunos. O episódio que ocorreu em nosso Estado na cidade de Iguatemi não é o único. Infelizmente todos os dias, professores são agredidos com violência física, verbal ou digital nas escolas públicas e privadas. Há episódios de tão graves que os docentes são afastados por anos do ensino e, na prática, muitos são transferidos às rotinas administrativas e outros tantos jamais retornam às atividades porque adoecem. Isso mostra que a sala de aula vêm se convertendo num campo de batalha.

Uma realidade triste , que só será alterada após a conscientização do problema, do bom das leis, mas principalmente, na promoção da cultura de paz. As ações de prevenção às doenças ocupacionais são fatores contribuintes para a redução desse elevado números de professores que adoecem ou que na maioria das vezes abandonam sua carreira profissional devido a esse mal.

Por essas razões, venho destacar a importância do Programa permanente de Prevenção de Acidentes e de Violência nas escolas, por meio da instalação de comissões internas. Uma lei de minha autoria, cujo o objetivo principal é de monitorar as condições e as situações de risco no ambiente escolar.

Assim como os alunos, os professores precisam também de uma atenção especial. Em complementação venho ressaltar o programa às Doenças Ocupacionais aos profissionais da educação. Um projeto pioneiro, também de minha autoria que busca garantir uma série de ações a estes profissionais que vivem cercados de situações. Com este programa, os profissionais terão a chance de receber atenção e orientação especializada para prevenir, diagnosticar e buscar tratamento no tempo certo das doenças ocupacionais, e assim evitar que milhares de professores adoeçam ou abandonem a profissão.






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