domingo, 6 de novembro de 2011

O dilema do aborto....



Sejam sempre bem vindos,

O aborto, no Brasil, ainda é um tema bastante polêmico, que desperta discussões
e opiniões fortes por parte de defensores e opositores no país. Há a necessidade premente de tentar esclarecer o público em relação as discussões sobre este tema que como já citei, refere-se às discussões e controvérsias que envolvem o status moral e legal do aborto.

A legislação sobre o aborto aborda de formas diferentes a questão. No Brasil, o aborto é considerado crime, não sendo entretanto punido se realizado pelo médico em duas circunstâncias: se a gestação foi originada em conseqüência de um estupro ou se não há outro meio de salvar a vida da mãe.

Meu posicionamento à respeito do aborto foi sempre o mesmo. Minha crença em Deus sem dúvida alguma colabora para a minha opinião contra o aborto em qualquer aspecto exceto em casos como o de estupros praticados principalmente contra a criança e a adolescente. E nesses casos, vale lembrar novamente que o aborto é legal no Brasil porque a lei a ampara, embora seja considerada crime. Ele pode ser realizado com toda à assistência médica necessária à mulher. Acho que quando uma mulher engravida por descuido, por falta do uso de métodos contraceptivos antes e durante o ato sexual, a responsabilidade de ter o filho e cuidar dele deve ser assumida.

Não posso deixar de mencionar um fato que me deixa bastante triste, no entanto, é que muitas mulheres muitas vezes num ato desesperado, fazem abortos clandestinamente em lugares precários, sem higiene e atendimento adequado.

Vale salientar que aborto clandestino é a quarta causa de morte materna no Brasil - A amplitude dos abortos provocados pelo uso do medicamento citotec é um assunto que devemos alertar a população. Essa atitude traz muitas vezes graves conseqüencias para elas como a esterilidade. Sem falar do sentimento de culpa por ter impedido a vida do próprio filho ou até mesmo a morte.

Acredito que a falta de apoio do pai do bebê em formação e da família e o medo de não ter condições de dar uma vida digna para o futuro filho são os fatores que mais influenciem uma mulher na hora de abortar. Ao meu ver isso não justifica um aborto, aliás, nada justifica, afinal é uma vida que está sendo ceifada. As mulheres precisam se conscientizar que o que elas fazem, a falta de cuidados com o próprio corpo pode trazer conseqüências que podem se apresentar em forma de doenças sexualmente transmissíveis ou então de uma gravidez indesejada. É preciso que tenhamos responsabilidade com nossos atos sempre. Se fizermos isso, o aborto não será pensado, muito menos realizado.

É com esta preocupação, que trouxe para a sociedade através do programa “Picarelli Debate” deste sábado(5/11), na qual comando desde meados de setembro deste ano, a participação da presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MS e advogada Kelly Garcia, e o Médico Ginecologista Obstetra e voluntário há 16 anos do disque-aborto, Wilson Ibrahim para esclarecer mais o assunto que merece nossa total atenção, visto que o tema já foi, abordado diversas vezes em programas de televisão e as pessoas continuam a apresentar opiniões diversas à seu respeito. Essas opiniões variam de acordo com os valores e princípios que cada um pertence.

Quem é a favor afirma que as mulheres devem ter o direito de escolha pela continuidade ou não da gravidez. Quem é contra alega a defesa da vida acima de tudo. E a clandestinidade que mata centenas de mulheres todos os anos? Afinal, o aborto deve ser tratado como pecado, crime ou direito de escolha?

O debate sobre o direito ao aborto levanta diferentes opiniões. Por motivos éticos, religiosos e políticos se enfrentam os que são a favor e contra essa velhíssima prática que as mulheres têm recorrido historicamente para decidir sobre a interrupção de sua gravidez.

É assustadora a informação publicada nos jornais, que segundo a cada ano, um número de abortos estimado em 50 milhões ocorrem em todo o mundo. Deste, 30 milhões de procedimentos são obtidos legalmente e 20 milhões ilegalmente

Como bem frisou o médico Ginecologista Wilson Ibrahim, é um caso de saúde pública. Merece, portanto, que as autoridades, e não somente as da área médica, voltem as atenções para esse quadro e busquem, aí sim junto aos especialistas, uma forma de enfrentar o problema, de modo a evitar um agravamento ainda maior. Por ora, a informação leva a uma suposição que potencializa ainda mais a gravidade:, o que não estará ocorrendo em clínicas clandestinas de aborto? Aliás, há algum tipo de fiscalização que as investigue? Elas ainda existem?

O raciocínio é o de que a situação tende a ser ainda mais grave. Temas como o aborto costumam ser encobertos por uma aura que sempre dificulta o debate. Ao envolver saúde pública, ciência, fé e religião acaba permitindo uma série de teorias e alimentando uma série de questionamentos. E pouca ação. O ruim é que a maioria das teses e os inúmeros exemplos trazidos às discussões acabam deixando a saúde da mulher em segundo plano – o que é errado.

A advogada Kelly Garcia diz que se não houver uma ampla mobilização da sociedade, a fim de mapear as razões que levam ao aborto, será cada vez mais difícil tratar do assunto sem esbarrar naquelas velhas polêmicas contrapondo fé e ciência. Segundo ela é preciso, antes de mais nada, instituir uma rede de informações que atualize esse tipo de registro, já que a própria Comissão de Direitos Humanos da OAB , não tem muitos registros de abortos em clinicas clandestinas, justamente pelo fato de se rastrear. Por isso é preciso sem dúvida envolver mais a Justiça nesta discussão.
No meu entendimento parece claro que não há instrumentos eficientes capazes de fazer chegar ao Judiciário os casos de aborto que ferem a legislação. O tema precisa ser tratado, enfim, de forma menos velada. A prática do aborto ainda existe. Como ter controle sobre esse violento método contraceptivo é tarefa que a todos cabe discutir.

Estatísticas- Cerca de 1,1 milhão de abortos clandestinos são feitos anualmente no país. Como já mencione, eles são uma das maiores causas de mortalidade materna no Brasil.

Segundo pesquisa divulgada no ano passado pela Organização Mundial de Saúde, seis milhões de mulheres praticam aborto induzido na América Latina todos os anos. Destas, 1,4 milhão são brasileiras e uma em cada 1.000 morre em decorrência do aborto. Em função da maioria dos procedimentos serem ilegais, são feitos na clandestinidade e freqüentemente em condições perigosas.

Posso dizer que concordo plenamente quando se diz que isso é um grave problema de saúde pública, que não pode ser ignorado. Como resultado, a região enfrenta este problema sério de saúde que ameaça as vidas das mulheres, põem em perigo a sua saúde reprodutiva e impõem uma tensão severa nos já sobrecarregados sistemas de saúde e hospitais.

Encerro as minhas palavras preocupado com a situação! O aborto é uma intervenção traumática, que ninguém em sã consciência gostaria de praticar. A clandestinidade do aborto, algumas pagam com dinheiro... outras com a vida!

Que Deus os abençoem!!!

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