quinta-feira, 10 de novembro de 2011

3° audiência - Novas denúncias contra construtoras chegam à CPI


A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura as supostas irregularidades de construtoras instaladas em Campo Grande anexou novas acusações ao seu relatório.

Entre os depoentes desta 3ª audiência (9/11), os membros da comissão ouviram o escrivão da Polícia Civil, Luiz Carlos Botelho, que denunciou a MRV Engenharia por trabalho escravo.

Em seu relato, Bolelho diz que há 8 meses constatou trabalhadores da construtora em situação desumana no bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo. De acordo com o escrivão, entre 15 e 20 homens estavam alojados de forma inapropriada em um imóvel de dois quartos e chegavam a dormir no chão apenas em cima de um edredom.

Botelho diz ainda, que os trabalhadores eram de outros estados e vieram para a Capital com a promessa de serem registrados e receberem bons salários.

“No final, eles se depararam com salários até pela metade, sem carteira assinada e após dois meses eram mandados embora, muitos nem tinham condições de retornarem para suas casas”, detalhou. “Eles relataram ainda que não podiam nem faltar ao trabalho por motivos de doenças, se não recebiam punições da empresa”, destacou o senhor Luiz.

Quero salinetar que na época, o escrivão chegou a registrar a denúncia na Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) por meio da Corregedoria-Geral e até mesmo na própria delegacia em que trabalha, contduo até hoje, nada foi feito contra este crime de trabalho escravo

A MRV também foi alvo de denúncia do trabalhador Estevão Villalba Filho, outro depoente que também prestou seu relato na CPI. O jovem de 20 anos atuou durante um pouco mais de um mês como auxiliar de almoxarifado na empresa e foi mandado embora. Neste depoimento, o trabalhador afirma que há rotatividade na empresa

Efim, o ultimo depoente, o diretor de relações institucionais da MRV, Sérgio Túlio Vieira, defendeu a empresa das acusações. Conforme o representante, a construtora é obrigada a contratar mão de obra de empresas terceirizadas devido a grande demanda nacional, já que atua em 18 estados brasileiros.

Vieira ainda assegurou que o rodízio de funcionários na construção civil é bastante comum, pois a necessidade de mão de obra é muito significativa e o ritmo de produção exige experiência.

Sobre atrasos ou falta de pagamento aos trabalhadores, o diretor garantiu que a MRV não tem qualquer problema relacionado. Segundo ele, o único caso registrado até o momento envolve a terceirizada Metalle.

Como presidente desta CPI, posso afirmar que a principal preocupação das investigações é em relação às responsabilidades das empresas de fora do Estado que contratam subempreiteiras para recrutarem mão de obra.

Vamos apurar e se constatarmos irregularidades, elas serão punidas.

Quero registrar que a reunião foi acompanhado dos demais membros da comissão: o vice-presidente, deputado Antônio Carlos Arroyo (PR); o relator Onevan de Matos (PSDB), e o deputado Junior Mochi (PMDB), que é membro.

Um comentário:

  1. Terenos,11 de novembro 2011
    Senhor Mauricio Picarelli eu venho a vossa senhoria para pedir que resolva um problema aqui em terenos. Nosso prefeito Humberto pereira,prometeu para a população de Terenos que trazeria várias indústrias para empregar a população de Terenos, agora o municipio é pequeno e agente precisa trabalhar, só que a empresa que aqui Foi instalada é um laticinio não emprega irmão com irmão, nem marido e mulher, nem primos. Agora faço uma pergunta a vc se uma família tem 10 pessoas só uma vai trabalhar e os nove morre de fome. E os pais de família como fica. Se o municipio não tem opição de trabalho.

    Quero que vc lêia ao vivo no seu programa essa revendicação e a baixo de Deus sei que vc vai nos atender queremos respostas!!!!!!!!!
    Obrigado!!!

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