domingo, 26 de fevereiro de 2012

CRACK - um medo justificavel



Dentre todos os componentes do time das drogas: Dos componentes do time da morte, está a figura do crack. O crack como o mais avassalador, como o mais devastador de todo o conjunto de entorpecentes ou dos elementos químicos alucinógenos, que torna o seu usuário no maior dependente periculoso e debilitado existente. Torna o dependente capaz de qualquer coisa, capaz de matar ou morrer para sustentar o seu vício.

Crítica é a situação em que se acha o usuário e dependente do crack. Crítica não melhor é a situação em que se vive os seus entes queridos que nada fizeram para merecer tal castigo.

O fato é que o consumo deste e outras drogas têm causado grandes transtornos em toda a estrutura social, principalmente na área da saúde. No Brasil, a circulação do entorpecente já fez mais de um milhão de usuários, segundo levantamento do Ministério da Saúde. A vítima do crack é pobre, tem baixa escolaridade e possui entre 20 e 40 anos de idade, gasta todo o dinheiro que tem para consumir a droga, não tem acesso a tratamento e geralmente não costuma abandonar o vício por problemas de saúde.

Vale destacar ainda que um relatório divulgado no fim do ano passado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) apontou que 68 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul enfrentam problemas com o crack. A pesquisa, que abrangeu 4,4 mil cidades brasileiras, revela o avanço do uso de drogas no País.

É diante desta preocupação e da enormidade de casos sobre o tema, que trouxe para a sociedade através do programa “Picarelli Debate” do dia (4/02/2012), a participação de alguns profissionais para discorrer sobre o assunto: Fernanda Cristina Rodrigues , gerente técnica de Saúde Mental SES; Sérgio Harfouche, promotor de justiça e presidente do Conselho Estadual Antidrogas ; Kleber Meneghel Vargas, médico psiquiatra e Pres. Associação Sul-Mato-Grossense de Psiquiatria; Juberty Antonio de Souza , médico psiquiatra e Pres. CRM-MS e chefe do serviço de Saúde Mental do Hospital Universitário.

Para os especialistas a tragédia do crack não é nova para o Brasil. Há anos, o país convive com o drama de violência e morte. Novo e oportuno, contudo, é o fato de a elite política do país, enfim, deve reconhecer ainda mais a emergência do problema, afinal infelizmente esse mal já é considerado em qualquer lugar uma epidemia!!
Na opinião dos convidados aqui presentes, é preciso investimento para aumentar a capacidade assistencial aos usuários, visto que um terço dos jovens morre após cinco anos de uso do crack. Eles precisam de assistência!

Eles afirmam ainda que, comparado a outras drogas, o crack é sem dúvida a mais nefasta, porque produz rapidamente a dependência: sob a compulsão pela substância, o usuário desenvolve mudanças de comportamento: Além de graves consequências para a saúde, a droga provoca no dependente atitudes violentas. Ele fica alterado, inquieto, irritado e, em geral, passa a se envolver com a criminalidade como nenhum outro usuário de drogas . A única prioridade é a droga: a saúde, a família, o trabalho e os amigos ficam de lado.

O fato é que a praga do crack nasceu e grassou entre os miseráveis, a tal ponto que "cracolândia" virou sinônimo de "local onde pobres consomem sua droga". É mais do que tempo de rever esse conceito,afinal é já é uma epidemia sem barreiras sócio-econômicas.

Por isso temos que estar reunidos pelo mesmo mal e almejar idêntico objetivo: tirar esta pedra do meio do caminho de nossas vidas ... uma realidade que provoca uma seríssima ameaça à juventude ainda sadia

Falta de atendimento - Por exemplo , para uma pessoa viciada em crack ter a chance de recuperação, necessita, ao menos, de 90 dias de internação, dependendo do seu estado de saúde.

A falta de atendimento aos usuários ainda é a principal dificuldade enfrentada pela maioria dos estados brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, deveria existir unidades mais qualificadas para atendimento.

E mais, o tratamento depende, principalmente, do envolvimento da família do usuário, visto que após a internação, o retorno para casa é a parte mais difícil. Muitas deles não encontram apoio familiar e acabam voltando para as drogas

Plano - Em dezembro de 2011, o Governo Federal lançou o “Plano Nacional Crack, é Possível Vencer”. Uma das regras do programa foi tornar a internação compulsória uma política pública de combate às drogas. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, serão criados 308 consultórios de rua, com médicos, psicólogos e enfermeiros, que farão busca ativa de dependentes e avaliarão a necessidade de internação voluntária ou compulsória dos pacientes.

Ainda dentro do programa federal, que prevê investimentos de R$ 4 bilhões até 2014, está prevista a ampliação de mais 3,6 mil leitos na rede de assistência aos usuários de crack e outras drogas no SUS (Sistema Único de Saúde). Até lá também serão criados 2.462 novos leitos e outros 1.138 serão qualificados para se tornarem enfermarias especializadas em álcool e drogas.

Na primeira etapa do plano, o governo firmará parceria com oito estados para ações de enfrentamento ao crack, além de aumentar a oferta de tratamento a dependentes de drogas. Por enquanto, Mato Grosso do Sul não está entre os primeiros estados beneficiados. De acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado, Wantuir Jacini, os municípios sul-mato-grossenses devem ser incluídos no programa a partir do segundo semestre deste ano.

A expectativa é que o programa seja lançado no Estado em junho. Vamos torcer!!
Que Deus continue nos abençoando!!!

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